Etapas Formativas

Etapas formativas de um Servo da Caridade

Descubra as etapas formativas do caminho vocacional, desde o início na congregação até o final de sua vida. O objetivo é seguir a Jesus com mais proximidade, vivendo a pobreza, castidade e obediência, inspirados por Dom Guanella. Confira a descrição dessas etapas com base na Ratio Formacionis, o guia formativo da Congregação.

Primeiramente o aspirantado é o período no qual o jovem, continuando seu processo de discernimento vocacional, em vista da opção de vida que deseja fazer, é acolhido em uma comunidade religiosa. Entretanto ele é acompanhado por um formador responsável, até seu ingresso no postulantado. Além disso, recebe a formação e faz a experiência da vida fraterna em comunidade.

É importante ressaltar que o itinerário formativo à vida consagrada guanelliana começa propriamente com o Postulado. Consequentemente ele é realizado junto à Casa de formação designada para tal finalidade pela Província de pertença.

Nova etapa

Diante disso é a fase que fecha o período do Aspirantado e prepara a entrada para o Noviciado: encaminha uma participação mais próxima à vida do Instituto; é tempo de formação a todos os efeitos. Desde os primeiros passos, o candidato será ajudado a fazer crescer aqueles germens de vocação que o Espírito colocou no seu coração. Assim sendo poderá chegar à opção guanelliana com o pedido de admissão ao Noviciado, ou então poderá orientar a sua vida diversamente.

O Sim

Por conseguinte o Postulado, assim, fecha a fase da hipótese vocacional e abre a da opção para o “sim”, na disponibilidade a deixar-se formar pelo Instituto. Assim sendo por sua natureza a Postulado exige um tempo congruente, normalmente não inferior a seis meses. Bem como durante os quais o candidato é livre de compromissos de estudos acadêmicos, para uma preparação específica para o Noviciado. Ratio formacionis.

Fase decisiva

É uma fase decisiva para o desenvolvimento vocacional do candidato. Marca o início da vida no Instituto e oferece aos nossos candidatos a possibilidade de conhecer melhor a própria vocação e a do próprio Instituto, experimentar a sua vida e formar a própria mente e coração segundo o seu espírito. O Noviciado, para ser válido, deve ser feito numa Casa regularmente erigida para tal finalidade pelo Superior Geral com o consentimento do seu Conselho. Normalmente a Casa está situada num contexto consonante com a cultura e o idioma do noviço.

A duração

A duração desta etapa formativa deve ser de doze meses, a serem transcorridos na mesma comunidade do Noviciado. Em casos particulares, e como exceção, sob a concessão do Superior Geral com o consentimento do seu Conselho, um candidato pode fazer o Noviciado numa outra Casa do Instituto, sob a direção de um coirmão apto, que faça a tarefa de mestre de noviços. O Superior Provincial pode permitir que o grupo de noviços, por determinados períodos de tempo, resida numa outra casa do Instituto por ele mesmo designada.

Rito da primeira profissão:

O rito da primeira profissão está inserido na celebração eucarística. Durante a celebração, a Igreja recebe, através dos legítimos superiores, os votos daqueles que emitem a profissão, e associa a sua oblação ao sacrifício eucarístico. Partindo do mistério assim celebrado, se poderá desenvolver uma compreensão mais vital e mais profunda da consagração, a qual, embora sendo temporânea, já expressa o dom total de si a Deus, porque não se dá a própria vida ‘por partes’. A profissão deve ser expressa e emitida sem que haja violência, temor grave ou engano e livremente recebida pelo Superior maior, pessoalmente ou por meio de um outro.

O período que transcorre desde o final do Noviciado até os votos perpétuos e às Ordens Sagradas conduz a ulterior aperfeiçoamento a formação empreendida no Noviciado. É preciso recolher os frutos das etapas precedentes e consolidar a identidade vocacional. O professo, pedra vida do edifício da Congregação, será acompanhado rumo àquele estado de vida que ele escolheu (Irmão ou Diácono ou Sacerdote guanelliano).

Sacerdócio

O religioso orientado para o ministério ordenado (sacerdócio) completará os estudos filosóficos e teológicos. Este período compreende os anos da Declaração de intenção, do Leitorado e do Acolitato. O Sacerdote, de fato representa a sacramentalmente Jesus Cristo Cabeça e Pastor, proclama com autoridade a sua palavra, repete os seus gestos de perdão e de oferta da salvação. Sobretudo com o Batismo, a Penitência e a Eucaristia, exerce a sua morosa solicitude, até o dom total de si pelo rebanho.  (PdV 15).

Irmão Religioso

Para o religioso, (Irmão), a formação específica prevê uma preparação bíblica, teológica, carismática, pedagógica e profissional.

Para cada coirmão em formação o Tirocínio é um confronto vital e intenso com uma experiência educativo-assistencial guanelliana. Isto lhe permite entrar mais diretamente em contado com nossa missão, verificar as suas atitudes e interesses e continuar aquela síntese de ação e contemplação característica da nossa espiritualidade.

Sendo a vida consagrada uma progressiva assimilação dos sentimentos de Cristo, é evidente que tal caminho deverá durar por toda a existência, para envolver toda a pessoa (coração, mente e forças), e torná-la semelhante ao filho que se doa ao pai para a humanidade. Assim concebida a formação não é apenas um tempo pedagógico de preparação aos votos, mas representa um modo teológico de pensar a própria vida consagrada, que em si é formação que nunca termina (cf. Rdc 15), participação a ação do Pai que, mediante o Espírito, plasma no coração […] os sentimentos do filho. (cf. VC66).

É o início da formação permanente e marca a passagem da formação inicial para a mais plena, e mais autônoma inserção na vida apostólica. Representa uma fase crítica por si mesma, marcada pela passagem de uma vida conduzida para uma situação de plena responsabilidade operativa (cf. VC70). Nesta etapa o instituto oferece a oportunidade para que um coirmão experimentado ajude os coirmãos nos primeiros anos da atividade apostólica a consumir-se com entusiasmo e equilíbrio no seguimento de Cristo, no serviço à Igreja e à Congregação.

Objetivo

O objetivo geral é o de acompanhar coirmãos e comunidades a progredir na santidade, até que cheguemos todos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem perfeito, na medida que convém à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4,13).

Dom de Deus

É preciso, porém reavivar o dom divino que está em nós, vivendo-o na sua beleza originária (cf. 2Tm1,6), segundo os conselhos evangélicos e com a força da caridade vivida quotidianamente na comunhão fraterna e numa generosa espiritualidade apostólica. (cf. RdC4).

Fonte: Ratio formacionis. Pelos caminhos do coração. A formação dos Servos da Caridade. Roma 2008.