Vigília Pascal

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Vigília Pascal: Cristo nos faz partícipes de sua luz admirável

A celebração do Tríduo Pascal é por excelência o evento onde a fé, a esperança e a caridade cristãs ganham sentido. O ponto culminante dessa celebração única é, por definição, a mãe de todas as vigílias, pois é a maior e mais nobre em solenidade: a vigília pascal.

Nesta grande celebração, a Igreja rica em sinais litúrgicos mergulha na realidade teológica da redenção através de elementos que revelam e nos permitem participar do Cristo pascal. A Igreja se reveste de uma luz tão brilhante e santa. Uma luz que tudo inunda, que sobrepuja a escuridão e é admirável. É a renovação operada por aquele que “faz novas todas as coisas”, e desde o início da celebração pascal, o rito do lucernário nos dá a pauta especial do efeito pascal de Cristo em cada coração, na Igreja e no cosmos. Este é o tom da vigília.

O fogo

Por essa razão, com o sinal do fogo novo e o círio pascal, a Igreja recorre à admirável claridade da misericórdia de Deus que se dignou infundir a luz inextinguível em toda a criação. Assim, no início da celebração, o círio, que deve ser novo, é marcado com a cruz, e o ministro traça as letras gregas alfa e ômega, juntamente com os números do ano em curso, dizendo: “Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ômega. Dele é o tempo e a eternidade. A ele a glória e o poder, pelos séculos dos séculos. Amém.”

Dessa forma, professamos e proclamamos o senhorio divino daquele que se entregou na cruz. O ministro continua: “Por suas santas e gloriosas chagas, nos proteja e nos guarde Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.” Este ciclo de senhorio divino e paixão resulta em ressurreição. Em redenção sobre o poder do mal, do pecado e da miséria. Posteriormente, todos os fiéis acendem suas velas neste círio.

A luz de Cristo ressuscitado é, para o cristão, o sinal por excelência de sua redenção; pois de outra forma, a fé seria vã. Ao participar dessa celebração, somos chamados a não negligenciar a riqueza do sinal. A assumir na vida a teologia prática que enriquece a vida litúrgica, que é o coração da Igreja. Vamos como com nossas lâmpadas acesas ao retorno vitorioso de nosso Senhor, que nos encontre vigilantes e nos convide a sentar à sua mesa.